Saiba mais sobre o que é a terapia infantil e como ela funciona.

Embora a infância seja uma das fases mais bonitas da vida, podem surgir problemas emocionais que impedem o crescimento normal. Segundo Adriana Fóz, neuropsicóloga e diretora clínica da Unidade Integrativa Santa Mônica, é uma etapa do desenvolvimento e amadurecimento neurocognitivo de grande importância pelas janelas de oportunidade cerebrais muito sensíveis e “abertas”. Terapia infantil;

É importante estar atento, procurar informação credível, séria e, se persistirem problemas e incertezas, é saudável pedir conselhos e apoio. A terapia infantil nessas circunstâncias pode orientar os pais sobre como lidar com essas situações e, ao mesmo tempo, ajudar a criança a superar seus problemas.

Dada a complexidade do problema da saúde mental infantil, encontrar soluções para o mesmo e reorganizar o equilíbrio nas relações pais-filhos é crucial.

Veja o que é terapia infantil e como funciona neste contexto, bem como as metodologias mais populares e os efeitos mais satisfatórios desta terapia. excelente leitura.

O que é terapia infantil?

Um subconjunto de psicoterapia conhecido como terapia infantil é dedicado exclusivamente ao tratamento de crianças. Normalmente, os profissionais utilizam ferramentas lúdicas para observar o comportamento do paciente e focar nas questões mais óbvias.

As atividades lúdicas são fundamentais para o processo diagnóstico, pois permitem a percepção de algumas questões irracionais, como sentimentos de tristeza ou angústia sem causa clara.

A criança geralmente carece de maturidade para saber quando falar durante o culto por causa de sua incapacidade de discernir seus sentimentos. Assim, esses jogos possibilitam a comunicação com o especialista, permitindo que ele descubra formas de amenizar seu sofrimento e auxiliá-lo.

Dessa forma, os conflitos que estão causando dor e desconforto são encontrados por meio da terapia infantil. Se os pais ou responsáveis ​​não conseguem resolver o problema, isso afeta não apenas o bem-estar das crianças, mas também o seu próprio bem-estar.

Por meio desses jogos lúdicos, o terapeuta consegue se aproximar do mundo da criança levando em consideração as necessidades e características únicas de cada criança. O sofrimento da criança serve como o ponto de comparação mais poderoso, e o objetivo é ajudá-la a encontrar soluções para seu sofrimento.

Qual a importância da terapia infantil?

Todo o conhecimento da humanidade é adquirido ao longo da vida. A aprendizagem muda em função das experiências adquiridas ou do que é mostrado durante essa jornada.

Isso torna mais fácil compreender por que as crianças pequenas frequentemente não têm o desenvolvimento necessário para nomear suas emoções. Como não conseguem distinguir entre tristeza e agonia, não conseguem compreender o que significa aquela sensação no peito.

Por causa disso, muitas crianças se fecham e começam a agir de maneira estranha ou diferente quando se deparam com circunstâncias desconhecidas ou desafiadoras. Os pais ou responsáveis ​​devem ter um alto nível de habilidade para reconhecer a necessidade de assistência da criança nessas situações.

Assim, para direcionar condutas mais adequadas para o enfrentamento do problema, a busca por auxílio profissional é fundamental. Apesar do fato de muitas crianças precisarem de ajuda, elas acham difícil expressar suas necessidades ou emoções.

Com o objetivo de diagnosticar e identificar os problemas que afetam as crianças, esse tipo de terapia emprega metodologias específicas. A supervisão dos pais é, no entanto, essencial para o tratamento da criança. É possível estimular os ajustes necessários à harmonia do lar por meio da terapia familiar.

Assim, um dos elementos cruciais para a resolução de vários problemas familiares é a participação dos pais neste processo psicoterapêutico. Nessas reuniões, os pais ou responsáveis ​​obtêm uma melhor compreensão de como as crianças pequenas processam os eventos no contexto familiar, bem como formas alternativas de ajudar a criança.

Assim, esta metodologia torna-se um aliado crucial na decisão de adoção de comportamentos que aumentem o sentimento de pertença da criança. Uma maior autonomia pode ser estimulada por meio dessa intervenção, permitindo que o bebê se acostume mais a lidar com os altos e baixos da vida.

Assim, a terapia infantil permite o desenvolvimento de um vínculo sincero com a criança e o direcionamento do comportamento dos pais no enfrentamento do problema. Com o objetivo de promover o bem-estar emocional e estreitar os laços familiares, inicia-se um processo de mudança comportamental.

Quais são as especificidades deste tratamento e como ele funciona?

Mudanças físicas e emocionais e crescimento são comuns durante os anos da infância. No entanto, durante esse período, podem ocorrer mudanças comportamentais que exigem muita compreensão e capacidade de lidar com elas.

Pais, avós, professores ou outros responsáveis ​​pela criança devem estar cientes de como a terapia infantil atua nessa situação para buscar o atendimento adequado. Para evitar que uma condição piore, alguns problemas exigem cuidados extras e atenção imediata.

Uma entrevista com os pais ou responsáveis ​​é o primeiro passo no tratamento psicoterapêutico de crianças. O objetivo dessa conversa inicial é colher informações sobre o passado da criança por meio de uma anamnese minuciosa.

O primeiro passo para direcionar condutas mais adequadas é entender a dinâmica familiar e como se apresentam as principais queixas. Os aspectos de gravidez, parto e desenvolvimento infantil do planejamento familiar são examinados minuciosamente.

Os profissionais também investigam a dinâmica familiar e se houve uma causa específica para a mudança de comportamento da criança. Para orientar a intervenção terapêutica, informações sobre o declínio no desenvolvimento acadêmico e problemas relacionados ao aprendizado são muito relevantes.

As sessões de consulta de terapia infantil iniciam-se após o processo de recolha de dados. Dependendo da gravidade do caso, pode ser necessário iniciar a terapia com uma conversa privada com a criança antes de passar para a terapia pais-filhos ou aconselhamento familiar.

Embora haja melhoras perceptíveis após as primeiras sessões, é importante lembrar que o tratamento não dura um período fixo de tempo. Portanto, é fundamental ter paciência para que a criança consiga se comunicar com o terapeuta e os procedimentos atendam às expectativas de todos.

O profissional poderá imaginar várias opções de intervenção mesmo que a criança não consiga expressar como se sente ou quais os problemas que mais a incomodam através das informações colhidas na entrevista inicial.

Observações de comunicação não-verbal, como olhares, gestos, lágrimas, sorrisos ou até mesmo o próprio silêncio, são igualmente importantes porque ajudam a determinar quais fatores têm maior probabilidade de afetar o comportamento de uma criança.

O terapeuta poderá, aos poucos, nomear as emoções da criança e explicar a ela as melhores abordagens para lidar com o que tanto a incomoda. Haverá uma variedade de oportunidades criadas durante as consultas para ajudar no processo de desenvolvimento.

O envolvimento da família e a colaboração da escola são essenciais para que esse processo terapêutico produza melhores resultados. Eles receberão orientações para que aprendam a lidar com a situação. Este esforço colaborativo visa ajudar a criança a superar as dificuldades que enfrenta.

A cooperação de pais e professores tem um impacto significativo nos resultados porque a criança passa muito tempo em casa com a família e na escola. Essa colaboração é fundamental para que o trabalho do terapeuta transcorra de forma positiva, mesmo fora das sessões.

Quando fazer?

Pais e responsáveis ​​podem buscar tratamento psicoterapêutico para seus filhos por diversos motivos. No entanto, estes são os mais comuns.

  • um problema com a interação social com outras crianças.
  • comportamento inconsistente com os membros da família;.
  • reclamações dos professores o tempo todo.
  • tendo problemas para manter o foco.
  • baixo desempenho acadêmico;.
  • traumas vivenciados na infância;.
  • exclusão social.
  • muita timidez.
  • agressividade;.
  • hiperatividade;.
  • depressão.

A maioria desses sintomas está relacionada à incapacidade de lidar com circunstâncias específicas. Mudar de escola, ficar separado dos pais, perder um ente querido ou mesmo perder um animal de estimação são fatores determinantes.

A mudança no estilo de vida provocada por questões que pioram a situação financeira dos pais é outro fator importante que não pode ser ignorado. Quaisquer problemas que afetem o relacionamento dos pais, como uma crise conjugal ou outros problemas, são percebidos pelos filhos.

Essas circunstâncias aumentam o medo e a insegurança dos bebês, o que contribui para o agravamento dos sintomas da crise emocional. A psicoterapia infantil ajuda a criança a lidar com essas dificuldades dessa situação de forma mais tranquila e sem dor.

Se é necessária a habilidade do profissional para o diagnóstico e estratégia inicial, é preciso paciência para o tratamento. tanto do terapeuta quanto dos pais, responsáveis ​​ou outros membros da família. Deve-se notar que uma intervenção terapêutica para crianças é muito diferente dos tratamentos tradicionais.

É muito mais do que reconhecer um sintoma, levar a criança ao pediatra, fazer exames, tomar remédios e aguardar o resultado. Dependendo da gravidade do problema, diferentes tratamentos podem levar diferentes períodos de tempo.

Portanto, não é possível estabelecer um prazo para a solução do caso. O objetivo da terapia infantil é apoiar a criança e ajudá-la a compreender sua situação. O objetivo do terapeuta também é ajudar os pais a fortalecer sua capacidade de criar essa criança.

Benefícios da terapia infantil

Quando as crianças pequenas não têm interações positivas com seus pais, colegas e professores, especialmente nos primeiros anos escolares, elas sofrem muito.
Eles são frequentemente inseguros e incapazes de expressar suas próprias emoções.

Os pequenos invadem seu mundo, envolvem-se em um “manto protetor” e complicam os relacionamentos por um medo profundo de rejeição. Eles são incapazes de se comunicar com outras crianças, não confiam nos adultos e têm aversão a falar com seus pais ou professores.

Essa hipótese sugere que trabalhar com crianças em terapia é uma forma segura de aprender a lidar com questões como medo e insegurança. O potencial para uma intervenção mais eficaz que pode promover a felicidade e a harmonia da criança é, portanto, aumentado.

Portanto, existem inúmeras vantagens na terapia infantil, tanto para as crianças quanto para os pais. As crianças ganham com isso porque aprendem a lidar com as emoções de uma nova maneira, e os pais ganham com isso porque podem se relacionar com a criança durante esse período difícil e dar-lhe apoio para ajudá-la a recuperar sua confiança.

Além desses, existem outros benefícios que auxiliam na busca por assistência profissional. Confira quais são:

  • aumenta o desempenho do aluno na escola.
  • aumenta a capacidade de concentração.
  • incentiva a integração da criança na sociedade.
  • aumenta a capacidade de criatividade da criança.
  • incentiva as crianças a interagirem umas com as outras
  • promove a acuidade mental e o desenvolvimento psicológico.
  • reduz o uso de tecnologia, que tem impacto na saúde mental das crianças.
  • aumenta a capacidade de adquirir inteligência emocional.
  • influências na melhoria das relações com pais e professores.
  • Ajuda o jovem a perceber que eventos indesejáveis ​​podem ocorrer na vida.

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